Hoje as palavras que sempre se fazem tão utilizada por mim,
que falo pelos cotovelos, me faltaram e, mais do que faltar, a ausência delas
me sufocou, me feriu. Se transbordou em lágrimas , em um choro sufocante também.
Por vezes senti que faltava o ar.
Das limitações mais difíceis e complicadas das que possuo,
não saber fazer uso das tais palavras pra expressar meus mais puros e sinceros
sentimentos é o que mais me tortura. Engulo todos (os sentimentos e as
palavras). Sofro de “indigestão” pelo que eu não consegui dizer, mostrar, demonstrar,
mas que consigo sentir como toda a força do mundo.
Hoje mal pude conter o que acontecia dentro de mim. Parecia
que não conseguiria segurar e estouraria a qualquer momento, mas eu, mais uma
vez engoli. É dói me sentir frágil, derrotada, covarde. Senti medo e não sei
que medo é esse, que força é essa que impede que eu faça o que deva ser feito,
diga o que deve ser dito. Que força é essa que me impede de tentar ser feliz.
De ser eu, da forma mais natural possível.
As palavras tem poder, ou melhor, poderes. Ela constrói e destrói. E hoje ter engolido, não só as palavras, mas tudo o que sinto me feriram demais.