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segunda-feira, 28 de abril de 2008

MEMÓRIA

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Aniversário

Hoje é meu aniversário e desde ontem quando fui dormir que estou pensando no que sou e o que quero pra minha vida. Esses tais 20 e poucos anos estão sendo mais pesados que minha adolescência. Ontem ao dormir chorei muito ao pensar nos planos feitos nas metas elaboradas e quais de fato foram atingidas. Saldo positivo, pelo menos. Os questionamentos continuam e a vida, ainda bem, que segue em ritmo acelerado.
Nesses momentos lembro da Cássia ElleR cantando: " Quem sabe ainda sou uma garotinha..." rs
Quando se é criança pensamos que ao ficarmos adultos seremos os donos da verdades e senhores da razão. Quando crescemos nos damos conta que bom é ser criança, pelo menos podemos gritar a vontade e chorar a qualquer momento.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O que fazer???

Essa pergunta me atormenta sempre.

SER OU NÃO SER DE NINGUÉM?
Arnaldo Jabor

Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares,levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação"? Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida. .. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc. Embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram. Ficar, também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho. Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabele ceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, teralguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter "alguém para amar". Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadaspassadas: relação é sinônimo de desilusão. O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio a confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram ( pais e mães dos adeptos do tribalismo), vendem na maioria das vezes a idéia de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinônimo de frustrações futuras. Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição. No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal junto até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam. A questão não é causal, mas quem sabe correlacional. Podemos aprender a amar nos relacionando, trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de corpo e alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins. Ser de todo mundo e não ser de ninguém é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... é estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Transporte Urbano


Todos os dias, principalmente nas últimas semanas tenho experimentado a emoção do transporte urbano no Rio de Janeiro em horário de pico, digo a emoção para não dizer o caos. Trabalho na zona sul da cidade e morava na zona norte, era só atravessar o Rebouças que estava no trabalho, pegava trânsito, mas estava tudo normal, meia hora quarenta minutos no máximo era o que demorava. Agora morando mais longe está infernal. Tenho demorado duas horas, duas horas e meia. Três conduções para chegar mais rápido e às vezes até incluindo metrô. A maratona começa às 6hs da manhã e termina às 11hs da noite após a aula.
Hoje para chegar ao trabalho além do engarrafamento, enfrentei um ônibus mega, hiper, super lotado, senti inveja da sardinha enlatada, com certeza ela tem mais espaço do que eu tive naquele bendito 460. As pessoas já chegam no trabalho suadas e fedorentas.
Ontem à noite ao sair da faculdade peguei um ônibus com um motorista louco, imprudente. Várias pessoas preferiam saltar no caminho (me inclua nesse grupo) e esperar outro ônibus a seguir com ele, pois estava cego de raiva e por isso colocava a vida de todos em risco.
Estudo no centro da cidade e para chegar à faculdade saindo do trabalho é triste, duas conduções ônibus e metrô. O metrô é rápido, mais seguro e lotado. Outro dia fui ao shopping e tive que pegar a linha 2 às 18hs, “claustrofóbica” a estação do Estácio, se alguém tropeçar na estação vai ser um efeito dominó que vai parar nos trilhos, sem exagero.
Antes trabalhava e estudava próximo a minha casa não tinha noção. Agora perco praticamente um dia por semana no trânsito, pois quando saio do trabalho e volto direto para meu lar doce lar, são mais duas horas de trânsito, “contabilizando” as horas gastas: 4hs por dia, 5 dias na semanaà 4 x 5 = 20. VINTE HORAS POR SEMANA NO TRÂNSITO. Inaceitável.
O Rio de Janeiro precisa de investimentos nos transportes públicos, mais trem, metrô e com qualidade, onde as pessoas não fiquem amontoadas uma nas outras. Não moro tão longe assim, imagino quem mora mais longe que eu.
Esse é o meu desabafo!!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Seria...

Se eu fosse um mês seria... setembro
Se eu fosse um dia da semana seria... sábado, pra dormir mt e sair a noite
Se eu fosse um número seria... 6
Se eu fosse um planeta seria... vênus
Se eu fosse uma direção seria... pra frente sempre, rumo ao sucesso
Se eu fosse um móvel seria... Geladeira
Se eu fosse um líquido seria... água
Se eu fosse um pecado seria... Preguiça
Se eu fosse uma pedra seria... Quartzo
Se eu fosse um metal seria... Cobre
Se eu fosse uma árvore seria... Ipê Roxo
Se eu fosse uma fruta seria... Abacaxi
Se eu fosse uma flor seria... rosa
Se eu fosse um clima seria... calor, frio da alergia
Se eu fosse um instrumento musical seria... Sax
Se eu fosse um elemento seria... Vento
Se eu fosse uma cor seria... Rosa
Se eu fosse um animal seria... Cavalo
Se eu fosse um som seria... do mar, das ondas
Se eu fosse uma letra de música, seria... 1º de Julho – Cássia Eller
Se eu fosse uma comida seria… japonesa
Se eu fosse um lugar (cidade ) seria ... Saquarema – atrás da igreja
Se eu fosse um gosto seria... Cítrico
Se eu fosse um cheiro seria… de terra molhada quando começa chover
Se eu fosse uma palavra seria… Crítica
Se eu fosse um verbo seria… evoluir
Se eu fosse um objeto seria… PC
S eu fosse uma roupa seria… Sutiã
Se eu fosse uma parte do corpo seria… mãos
Se eu fosse uma expressão seria… Lute
Se eu fosse um desenho animado seria… She-ra
Se eu fosse um filme seria… Uma história baseada em uma biografia, com direito a voz: “baseado em fatos reais”.
Se eu fosse forma seria… redonda
Se eu fosse uma estação seria… primavera
Se eu fosse uma frase seria… Não faça com outros, aquilo que não quer que os outros lhe façam.

Meu Meme :)
Não tenho ngm pra indicar... :(

terça-feira, 8 de abril de 2008

Ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..E lembra-te:Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão
Fernando Pessoa