Não sei o que as pessoas esperam de mim. Sinceramente, não
tenho pensado muito nisso. Penso no que eu quero pra mim. Chame de egoísmo.
Azar! Estou preocupada em ouvir o meu eu interior (coração) que já se confronta
o suficiente com meu eu racional. Imagina se fosse confrontar com mais ideias! Não
dá!
As pessoas se surpreendem com o meu eu. Com minhas facetas.
Com o tamanho da minha coragem, da minha força e com minhas fragilidades, com minha
emoção sincera em assistir uma linda mulher pela trilhonésima vez. Sim, sou
bruta, mas sou romântica! Sou esse misto de mulher fútil que se desespera ao
ver um fio de cabelo branco, que fica pau da vida quando a unha quebra ou o
esmalte lasca. E a mulher independente, dona de si, que troca o chuveiro, a
torneira, monta móveis sozinha. Sou a
dona de casa que ama cozinhar, inventar pratos, decorar a casa, comprar
flores... Sou aquela que vai trabalhar de scarpin e blazer vermelho, maquiada e
cheirosa e que todos juram ser A executiva, mas nem é. Sou aquela que ama um
all star e um jeans pra ir à Lapa, mas que tem dias que coloca um salto, um
vestido com decote e faz a mulher fatal.
Sou aquela que não tem problemas pra falar sobre quase
assunto nenhum. Que falta filtro entre o pensar e o falar diversas vezes, mas
tem optado por não entrar em polêmicas, mas se entrar vou se colocar. Sem a
intenção de convencer o outro, mas apenas expor o que pensa.
Sim, também falo abertamente sobre sexo o que não significa
falar da minha vida íntima, preferências e hábitos. Muito menos signifique que
eu quero “dar” pra um cara porque falei sobre sexo com ele. Sexo é sexo e
ponto. Tenhamos maturidade para aprender a falar sobre isso sem fantasias.
Cresça!
Sim, sou mocinha que sonha em encontrar e construir um
grande amor, mas que embarca em loucuras de apenas uma noite. Por que não?
Sou aquela que os amigos lembram: Carla, seja mocinha. Uma
mulher não deve falar desse jeito. E eu mando ir se F#&(@! Por essa sou eu.
Simples assim.
Sou livre. Livre pra ser o que eu quiser, como e quando eu
quiser. Sou livre pra viver a solidão ou escolher seguir ao lado de alguém. Sou
livre pra escolher o melhor rumo pra tomar na vida. Sou livre pra reconhecer
minhas falhas, meus equívocos, pra me desculpar.
Sou o que sou. Não sou comum. Não espere alguém que faça
tipo, que se esconda ou se encolha pra caber na vida de alguém. Não espere
alguém que fale o que você quer ouvir. Eu falo o que eu penso. Não espere o óbvio.
Eu não sou óbvia. Espere a paz e calmaria, mas espere alguém que não foge de uma
boa briga se a razão for justa e coerente.
Espere atitude e não palavras pra demonstrar meus
sentimentos. Espere sentimento. Por aqui eles transbordam...
Não espere nada de mim. Espere apenas o que eu espero do
outro: Sinceridade e coragem para ser o que é. Seja! Porque eu apenas SOU. Aceite.