É estranho ter que reconhecer que
mais uma vez apostei as minhas fichas e perdi. Reconhecer que as minhas atitudes,
que a minha verdade, que o meu eu não foram suficientes para me fazer especial
e quem sabe até querida na vida de alguém que em um espaço tão curto de tempo
conheceu tanto de mim. É frustrante. Decepcionante. O não ter sido como eu
queria me entristece, mas o silêncio me dá o direito de concluir que pouco se
importam com o que eu penso ou sinto. Isso que é decepcionante... Frustrante,
mesmo sendo um pedido meu (incoerente talvez, mas quando o outro é importante
nos importamos com o que ele sente, logo, algo merecia ter sido dito).
O mais estranho é que não havia
expectativas, apenas a vontade de viver o que a vida estava me oferecendo.
Gostei da pessoa que eu estava conhecendo. O jogar limpo sempre me encanta.
Ao conhecer uma pessoa gosto de
saber o que motiva certas atitudes e ele sempre justificou o fato de não querer
se jogar em uma história e, eu entendo, pois já fiz o mesmo. Gosto de conhecer a verdade de cada um, por
isso sempre opto por mostrar a minha. Mas dessa vez foi diferente, foi rápido
demais, assustador demais, mas resolvi viver sem pensar nas consequências, apesar
de tudo que eu ouvi desde o início. Fiz tudo o que quis. Não me arrependo.
Chorei com minhas dúvidas e meus medos, mas sorri muito também ao me permitir.
Se me perguntarem o que eu sinto
nesse momento eu não saberia dizer. Sinto-me orgulhosa por ter colocado minha
vontade em primeiro lugar. Depois de tanto sofrer em histórias passadas ter
reconhecido, finalmente, o meu valor e por ter decidido seguir só ao me iludir
com alguém que já não me queria ao lado. Às vezes penso que só errei por ter alimentado
por tempo demais após os silêncios que já demonstravam a minha falta de
importância na vida do outro.
Meu prazo acabou e preciso seguir.
Busco sempre entender porque Deus permite certos encontros e desencontros.
Tento olhar o lado positivo e ver o que pude aprender e tirar proveito.
Acho que serviu pra eu reconhecer
o meu valor, pra eu aprender, de fato a me colocar, a seguir os planos que eu
tracei, a ter ao meu lado pessoas que de realmente me querem por perto, que se
preocupam com o que eu sinto, se dói em mim as palavras ditas e as não ditas. Porque doem e não é pouco.
Agora sigo em minha solidão
habitual, mas vou me abrir pra vida. Já me permitir chorar e ficar triste. Já
refleti os acontecimentos. A vida só sorrir quando sorrimos pra ela. Que ela
possa trazer a paz pro meu coração e alguém que consiga enxergar o meu melhor e
o meu pior e mesmo assim opte por ficar ao meu lado e que isso seja recíproco.
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