Vou viajar. Estou de férias e preciso colocar as idéias e o coração em ordem e, de preferência, alinhados um com o outro.
Meu coração tem certeza do que sente, mas está cansado de ser ignorado. Chega uma hora que cansa e dói tanto, que a cabeça pergunta: E aí coração o investimento está valendo a pena? Ainda há algo além de experiência e bons momentos para extrair dessa história? E lembre-se que tais momentos podem ser vividos com outra pessoa, caso você se permita.
E o coração nada tem a responder, pois não sabe por onde seguir. Continua
parado. Numa inércia que parece não ter saída.
Minha vontade de viver é maior e acredito que o que tiver de ser, assim será. Mas nesse momento acho que o melhor a fazer é o que fiz antes, acompanhar de longe e deixar que a minha companhia seja requisitada, ou não. Minha ausência seja sentida, ou não. E me permitir viver.
Eu gosto e gosto muito. Eu sinto e sinto muito por não ter quem eu quero e tanto esperei aqui comigo, mas cansa, desestimula, desanima. Estou assim com relação ao que eu sinto. Nesse momento as experiências mal sucedidas me servem como referência. E eu preciso me permitir viver, sem me enganar.
Quando se gosta como eu gosto, muitos podem passar, mas o que é de verdade fica. Martha Medeiros já diz:
"Independente de tudo o que existe, é o amor que transforma, irrita, movimenta, embeleza, enfeia, impulsiona, destrói, liberta e prende. Em sua órbita, apenas distrações."
Que venham as distrações, afinal se for de verdade ficará e tudo se resolverá, mas se não o que tiver de ser, será.