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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Palavras


As quatro coisas que não voltam para trás: a pedra atirada, a palavra dita, a ocasião perdida e o tempo passado.
desconhecido


Essa frase sempre teve uma importância muito grande na minha vida. Penso que muitas vezes a palavra e a pedra sem confundem, assim como a ocasião perdida com o tempo passado.
Muito cedo descobri que as palavras podem ser usadas como armas com um poder destruidor, muitas vezes machuca muito mais do que a pedra quando atirada, pois se ao ser machucada com a pedra o ferimento sarar e não deixar cicatriz rapidamente será esquecida. A palavra quando fere deixa uma cicatriz horrível, o "sangue pisado", a mágoa no coração.
A ocasião perdida se confunde com o tempo passado, porque perder a oportunidade de fazer algo é muito ruim, muitas vezes fico presa no passado por causa disso. Esse fantasma até me persegue. Já me perseguiu mais no passado, acho que a maturidade ajuda a não me preocupar tanto com os outros, a ser mais eu que nunca (apesar da personalidade sempre marcante).
No último fim de semana as palavras proferidas por alguém que tem um significado importante, me fizeram cair na real. Na hora doeu. Ofendeu-me. A ferida está aberta e sangrou, mas acredito que está sarando. Talvez se tivesse tomado uma "porrada" não teria doído tanto, mas me mantive firme refleti, respirei e falei tudo o que meu coração mandou. Sei que o coração dessa pessoa também sangra, mas nem por isso vou meu permitir iludir-me, machucar-me. Tenho amor próprio e razão também.
A verdade muitas vezes causa isso. Eu disse a verdade e também ouvi, prefiro assim a verdade que dói a mentira que me ilude.
O que me alivia é saber que não deixei a ocasião passar, fiz bom uso das palavras e não terei que temer pelo tempo passado. Na vida tudo é aprendizado, evolução então, mesmo que seja pela dor e decepção estou melhorando.
Essa frase me faz ter a real noção de que não posso perder tempo com por menores, tenho que fazer o que tenho vontade para não olhar pra trás e ficar sofrendo pelo que não fiz, porém, tenho que pensar duas vezes em usar minhas palavras como arma e não usar pedras, pois o tempo não volta e talvez eu não tenha a oportunidade de corrigir uma falha do passado.
Para terminar o texto coloco palavras de Fernando Sabino.
Bjoks

De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.
Fernando Sabino

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