Powered By Blogger

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Faria o mesmo??



Recebi o e-mail abaixo e resolvi postar para saber o que pensam todos. Pode ser até a demonstração de evolução e de enxergar o que muitas vezes é notório em um relacionamento, mas eu não conseguiria viver nessas condições. Teria permitido a presença de ambas no enterro, afinal estava morto mesmo. Deixem sua opinião.


"Amigos, este texto, embora antigo, pois que o presidente mencionado morreu há 12 anos, me chegou somente agora. Repasso porque, para além do texto bem escrito e corajoso, acho interessante observar o conteúdo e o quanto as pessoas podem surpreender."

Segue texto de Danielle Miterrand - esposa do ex-presidente François Miterrand - dirigido ao povo francês, após ter recebido críticas impiedosas por ter permitido a presença da amante do marido, e de sua filha Mazarine, na cerimônia fúnebre.

"Antes de mais nada devo deixar claro que não é um pedido de desculpas. Muito menos um enunciado de justificativas vãs, comum aos covardes ou àqueles que vivem preocupados, em excesso, com a opinião dos outros.
Aos 71 anos, vivendo a hora do balanço de uma existência que é um sulco bem traçado e profundo, já não mais preciso -- e nem devo -- correr atrás de possíveis enganos. Vivo o momento em que as sombras já esclarecem e que as ausências são lindas expressões de perenidade e criação. Sombras e ausências podem ser tudo, ao passo que luzes e presenças confundem os mais precipitados e os mais jovens.
Vivi com François 51 anos; estive com ele em muito desse tempo e me coloquei sempre. Há mulheres que não se colocam, embora estejam; que não se situam, embora componham o cenário da situação presumível. Uma vida de altos e baixos. Na época da Resistência, nunca sabíamos onde passaríamos a noite -- se na cama, na prisão, nos bosques, ou estendidos por toda a eternidade. Quando se vive assim em comum cria-se uma solda e a consciência de que é preciso viver depressa.
Concentrar talvez seja a palavra. Por isso tentei entendê-lo, relacionar-me com sua complexidade, com as variações de sua pessoa e não de seu caráter. Quem entende, ou pelo menos luta para compreender as variações do outro, ama realmente. E nunca poderá dizer que foi enganada, ou que jamais enganou. Não nos enganamos, nos confundimos quando nos perdemos da identidade vital do parceiro, familiar ou irmão.
Ou jamais os conhecemos, o que também não é um engano. Quem não conhece não tem enganos!
Nas variações do outro, não cabe o apaziguador que destrói tudo antes do tempo, em forma de tranqüilidade. Uma relação a dois não deve ser apaziguada, mas vibrante, apaixonada, e não enfastiada. Nessa complexidade, vi que meu marido era tão meu amante quanto da política. Vi também que, como um homem sensível, poderia se enamorar, se encantar com outras pessoas, sem deixar de me amar.
Achar que somos feitos para um único e fiel amor é hipocrisia, conformismo.
É preciso admitir docemente que o ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de forma diferente. Não somos o centro amorável do mundo do outro. É preciso aceitar também outros amores, que passam a fazer parte desse amor como mais uma gota d'água que se incorpora ao nosso lago. Simone de Beauvoir dizia bem que temos amores necessários e amores contingentes ao longo da vida.
Aceitei a filha de meu marido e hoje recebo mensagens do mundo inteiro de filhos angustiados que me dizem "Obrigado por ter aberto um caminho. Meu pai vai morrer, mas eu não poderia ir ao enterro porque a mulher dele não aceitava".
É preciso viver sem mesquinhez, sem um sentido pequeno, lamacento, comum aos moralistas, aos caluniadores e aos paranóicos azedos que teimam em sujar tudo.
Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros em suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões. Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo."




E você como pensa?

4 comentários:

Natyx Lisboa disse...

cara é complicado, acho que ao filho, filha eu abriria excessão, mas a amante não!
Concorda com ela quando ela diz que um ser humano não é capaz de amar unicamente uma pessoa, acredito que o ser humano é capaz de amar mais de uma pessoa ao longo da vida, mas de jeitos diferentes, nunca um amor vai ser igual ao outro, mas sem deixar de ser amor!
Podemos ter amores fieis, avassaladores, amigos, companheiros e carnais...com varias pessoas durante a vida...só que na minha concepçãos se é amor, vale a pena, e se vale a pena não tem porque trai-lo...
acho que a traiçao é mto forte porque é como negar um amor, pois se vc ama alguem esta se sentindo completo..pq procura outro...

eu acredito na fidelidade e tudo que ela implica seja bom ou ruim, ja fui traida, ja trai, mas quando aprendi o que era amar e ser completa n faria isso, nem gostaria de sentir..

Acho que n deve culpar a criança que nda tem haver com isso, mas eu n deixaria a amante do meu marido ir ao enterro dele, acho que se eu descobrisse antes n continuaria com ele...não sou egoista mas como eu dou meu amor unicamente a uma pessoa..espero no minimo isso em troca


beijoooss
postado!

Cin disse...

Eu ainda preciso evoluir um pquinho pra chegar nesse estágio...
Bjinhos!

Anônimo disse...

essa mulher tinha a alma grande...
eh necessario abrir o coração e dar a outra face ao tapa.
naum digo q a traição seja certa: já fui traida e sei como dói. mas se nasce algo daí, é preciso aceitar a dádiva... nada é por acaso, não é?

bjaum =*
sucesso com o blog =]


http://meus-sonhos-vazios.blogspot.com/

Flávia disse...

Olá miguinhaaaa!!

Tive que fazer umas modificações no blog e o endereço agora é :
www.flavyatam.blogspot.com

Tem o banner na pagina pra vc poder linkar.

bjs